sexta-feira, 15 de junho de 2012


A história da mineração no Brasil como atividade socioeconômica começa no século XVIII, com as expedições chamadas entradas e bandeiras que vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas). Já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
A descoberta de ouro, diamante e esmeraldas nessa região provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas povoadas da colônia, como São Paulo de Piratininga, São Vicente e o litoral nordestino. Já de início, o choque na corrida pelas minas levou a um conflito entre paulistas e outros (Guerra dos Emboabas).

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O que colonização tem a ver com a Mata Atlântica?


Como vocês podem perceber nessa imagem,  a Mata Atlântica era bem 
maior na época do descobrimento do Brasil, hoje em dia, só resta cerca
de 5% de toda a Mata Atlântica Original. De acordo com nossos estudos,
a Mata Atlântica começou a ser explorada a partir do momento em que os
portugueses perceberam que o Pau Brasil era a mais nova fonte de economia
de Portugal e da região próxima ao país. Desde então, a Mata Atlântica se 
tornou vítima da ''ganância" dos portugueses pelo Pau Brasil. E hoje nós 
podemos perceber que algumas organizações brasileiras estão tentando
trazer a Mata Atlântica de volta com projetos de replantação das árvores
perdidas em nosso passado.

                                                                                              Nadson Elói

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cotas raciais


Cotas raciais

O sistema de cotas raciais no Brasil não beneficia apenas os negros. Nas instituições públicas da Região Norte, por exemplo, é comum a reserva de vagas ou empregos para indígenas e seus descendentes.

terça-feira, 29 de maio de 2012

África Setentrional e Subsariana




      Os ibéricos, principalmente os portugueses, iniciaram a conquista da África que, dos séculos XV a XVIII, foi periférica. Em 1415 os lusos tomavam Ceuta. Logo uma série de pontos no litoral norte-africano caíram em mãos europeias. Nessa ocupação restrita, a expansão da fé cristã representou importante papel. Contra essa intervenção, santos locais ou marabus insuflaram a guerra santa. Independência e luta contra o infiel caracterizaram os movimentos berberes. A reação nativa estava presa também à decadência do tráfico caravaneiro no Saara em demanda do Maghreb, pois os portugueses e depois holandeses, ingleses e franceses desviaram para o litoral atlântico o comércio de ouro e escravos. No começo do século XVI, os turcos otomanos, que destruíram o império bizantino e irromperam na Berberia, ocupam postos estratégicos no litoral, dedicando-se ao corso do comércio cristão no Mediterrâneo. Internamente os conflitos turco-árabe-berberes delinearam as atuais Tunísia, Argélia e Marrocos. Os turcos deram ao norte da África uma organização baseada nos chefes locais, prestando tributo a Constantinopla. Aos poucos, o dominio do sultão tornou-se nominal, deixando aos governadores militares a iniciativa na administração e conquista

O Século do Ouro



      Uma crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

      A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado.

Cobrança de impostos

       A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.

    Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.

Mudança da capital

      Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico.

A Sociedade Açucareira



       A sociedade brasileira dos séculos XVI e XVII estava dividida em dois grupos principais: senhores e escravos.
    O engenho era um mundo mais ou menos fechado, onde a vida das pessoas estava submetida às ordens e autoridade do senhor de engenho.
    Os senhores de engenho eram portugueses ricos que se dedicavam à produção e ao comércio do açúcar. Sua autoridade não se limitava apenas à propriedade açucareira, estendia-se por toda a região vizinha, vilas e povoados, através de sua participação nas câmaras municipais.
     Os escravos trabalhavam nas plantações, na moenda, nas fornalhas e nas caldeiras. Era comum os escravos perderem a mão ou o braço na moenda. Em muitos engenhos, próximos à moenda havia um pé-de-cabra e uma machadinha para amputar o membro dos escravos acidentados.
     Entre esses dois grupos opostos, havia uma camada intermediária de pessoas que serviam aos interesses dos senhores. Como: alguns poucos trabalhadores assalariados (feitores, mestres de açúcar, purgadores etc.); os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio); padres; alguns funcionários do rei; alguns raros profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros).
     São características dessa sociedade:

    O patriarcalismo: o senhor do engenho era o patriarca (chefe), que concentrava em suas mãos o poder econômico, político e ideológico (isto é, da formação das idéias dominantes).
     O ruralismo: o campo era o centro dinâmico dessa sociedade.
    A estratificação social: era uma sociedade dividida em camadas bem definidas, sendo muito raro alguém conseguir ascender na posição social. Não havia a possibilidade do escravo chegar à condição de senhor ou do senhor descer à posição de escravos.

A Produção Açucareira



     Na segunda metade do século 16, começaram a ficar evidentes os interesses e os objetivos de Portugal nas terras brasileiras.

     As elações econômicas que vigoravam entre as nações européias baseavam-se no mercantilismo, cuja base eram o comércio internacional e a adoção de políticas econômicas protecionistas.


     Cada nação procurava produzir e vender para o mercado consumidor internacional uma maior quantidade de produtos manufaturados, impondo pesadas taxas de impostos aos produtos importados. Asseguravam, desse modo, a manutenção de uma balança comercial favorável.


     Portugal procurou criar as condições para o Brasil se enquadrar no pacto colonial. Os portugueses concentraram seus esforços para a colônia se transformar num grande produtor de açúcar de modo a abastecer a demanda do mercado internacional e beneficiar-se dos lucros de sua comercialização.

     Além da crescente demanda consumidora por esse produto, havia mais dois fatores importantes que estimularam o investimento na produção açucareira. Primeiro, os portugueses possuíam experiência e tinham sido bem-sucedidos no cultivo da cana-de-açúcar em suas possessões no Atlântico: nas ilhas Madeira, Açores e Cabo Verde. Segundo, as condições do clima e do solo do nosso litoral nordestino eram propícias a esse plantio. Em 1542, o donatário da próspera capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, já havia introduzido a cana-de-açúcar em suas terras.

 
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